Investimentos de alto risco e baixo risco

Investir, ou não investir, eis a questão de qualquer investidor. Seja ele mais conservador ou mais agressivo. Neste artigo vamos falar sobre diferentes tipos de investimentos e dividi os mesmos em duas categorias: alto risco e baixo risco. O conteúdo deste artigo foi criado com base num artigo da revista Dinheiro e Direitos da Deco Proteste.

Mais um artigo onde uso a Deco Proteste, neste caso a revista Dinheiro e Direitos, para partilhar informação sobre investimentos. Anteriormente partilhei o que a Deco Proteste mencionou sobre P2P lending, na revista Deco Proteste Investe. Acho que temos de aproveitar o facto de termos a Deco Proteste a investigar temas que são muitas vezes sensíveis, como é o caso dos investimentos.

DISCLAIMER: Reforço que nestes vídeos eu partilho a minha opinião ou experiência pessoal e não sou consultora financeira. Faz sempre a tua própria pesquisa antes de investir o teu dinheiro.

Quem não arrisca… pouco amealha

Então, o artigo começa por dizer: “Quem não arrisca… pouco amealha. Correr algum risco pode fazer uma diferença de milhares de euros nas suas poupanças. Mas o retorno não está imune a escorregadelas.” Já sabemos que para atingirmos a independência financeira precisamos de investir. Temos de investir para aumentar o nosso capital mais rapidamente e aproveitar o juro composto. Mas claro, há sempre risco associado a investimentos e por isso é preciso ver muito bem qual é o risco que podemos correr.

A meu ver, o grau de risco que podes tolerar tem a ver com duas coisas: o teu perfil de investidor e da tua situação financeira. Por exemplo: se já tens um fundo de emergência; se já tens outros investimentos. E se sim, quais? Lembra-te que deves diversificar o máximo. E a tua situação financeira actual, ou seja, as tuas fontes de rendimento são estáveis? Será que há uma possibilidade grande de perderes o emprego, ou perder clientes? A tua situação familiar é estável e vai se manter igual nos próximos anos? Isto são factores importantes a ter em conta quando estás a pensar investir em produtos mais ou menos arriscados.

Investimentos de baixo risco

Vamos começar pelos produtos sem risco, segundo a Dinheiro e Direitos.

Seguros de Capitalização

Então, o primeiro produto que mencionam são os seguros de capitalização. Diz que, “…o rendimento é, regra geral, superior ao mínimo garantido porque além da taxa de juro, o titular beneficia da distribuição dos lucros da empresa.“ Diz ainda que “…é preciso ter atenção às comissões, pois podem ser elevadas.” Eles recomendam o seguro Generali + Poupança que em 2019 garante um mínimo de 0,5%, tendo rendido, entre 2013 e 2017 3,1%. Obrigam a manter o capital imobilizado entre 5 a 8 anos.

Certificados de aforro

Isto é, títulos de dívida pública. “Para subscrevê-los, precisa de um mínimo de 100 euros. Se mantidos até ao final do prazo (10 anos), podem render 1%, taxa que depende da evolução da Euribor. Não pode resgatar o capital nos primeiros 3 meses.”

Certificados do tesouro poupança crescimento

Títulos da Dívida Pública de médio e longo prazo, com uma taxa fixa garantida. “Exigem um investimento inicial de 1000 euros e têm um prazo máximo de sete anos. Garantem uma taxa média anual de 1%, sendo que, a partir do segundo ano, os juros são acrescidos de um prémio em função do crescimento do PIB. O resgate só é possível 12 meses depois da subscrição.”

Para ler mais sobre este produto financeiro, clica aqui.

PPR sob forma de seguro

Os planos de poupança reforma permitem resgatar o dinheiro que juntaste antes de entrares na reforma. Não podes é usufuir dos benefícios fiscais, claro. E tens de pagar a comissão de resgate antecipado, que em média são 2%. Refere no artigo que: “Em 2019, o Lusitania Poupança Reforma PPR (Lusitania Vida) garante um rendimento de pelo menos 1,5%”…, sendo que “…de 2013 a 2017 rendeu, em média, 4,3%.”

Depósitos a prazo

Acho que isto fala por si. Só reforço que este tipo de produtos oferecem taxas inferiores à inflação, por isso tecnicamente, perdes dinheiro. Mas pronto, tens flexibilidade e capital garantido, por isso é ideal para os fundos de emergência.

Investimentos de alto risco

Fundos de investimento

Isto é, um organismo de investimento coletivo, que no fundo é uma carteira detida por inúmeros investidores que aplicam em comum o seu dinheiro em ações, obrigações, ou os dois. Atenção que isto não é a mesma coisa que um fundo de índice! Se quiseres saber o que são fundos de índice vê este vídeo aqui. Como os fundos de investimento dependem das oscilações dos mercados, o rendimento é incerto.

PPR sob a forma de fundo

Este tipo de fundos, que investem em acções ou obrigações, não têm capital garantido. Refere no artigo que “Permitem entregas periódicas de pequeno montante e, se mantiver o dinheiro aplicado por mais de oito anos, a tributação é de 8,6% (em vez dos 28% aplicados à maioria dos produtos de poupança). Tal como os PPR sob a forma de seguro, podem ser usados fora do contexto da reforma sendo que o resgate antecipado tem um custo de em média 1%, desde que os reforços de capital não sejam deduzidos no IRS.” Ou seja, como é mais arriscado, consegues rentabilidades mais interessantes. No artigo mencionam o “Alves Ribeiro PPR, que ganhou 6,2% ao ano nos últimos cinco anos”. Mas nada disto é garantido, atenção!

Acções

“Investir em acções só é aconselhável para horizontes superiores a cinco anos, o que o protege mais das oscilações das bolsas e minimiza o risco de perdas.” Concordo com esta parte. Depois diz: “Mas não é só. Além de exigirem um investimento mínimo de 10 mil euros, as acções obrigam muita proactividade.” Não sei a que se referem quando falam em investimento mínimo de 10 mil euros. Sobre a proactividade, concordo, porque investir em acções é um tipo de investimento activo. Não é só comprar e depois deixar o tempo fazer o seu trabalho, como nos fundos de índices ou ETFs por exemplo. “Tem de dispor de tempo e de conhecimento para acompanhar o sobe-e-desce das bolsas e analisar as empresas em que investe.”. Ou seja, são investimentos onde podes ter um retorno bom, mas o risco também é elevado. Por isso, avalia bem, se tens condições para arriscar caso queiras investir em acções.

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