5 coisas que deves abdicar para atingir a independência financeira

Se queres resultados diferentes, tens de fazer algo diferente. Não podes esperar resultados diferentes, se não estás disposto a mudar, ou a abdicar de certos hábitos. Eu certamente abdiquei de alguns hábitos que sentia que me impediam de atingir os meus objetivos. Neste artigo vou partilhar então o que abdiquei para atingir os meus objetivos ambiciosos. 

1| Preocupar-me com o que outras pessoas pensam

Se tivesse feito o que muitas pessoas me aconselharam a fazer (ou deixar de fazer) não estava onde estou hoje. Eu ouço sempre. Se sigo o que as pessoas dizem… em muitos casos não.

Quando eu disse que ia atingir a independência financeira; quando disse que me ia despedir, sem ter nada em vista; quando disse que ia criar uma plataforma sobre finanças pessoais com a missão de aumentar a literacia  financeira em Portugal, muitas pessoas diziam que não devia, que era muito arriscado, para me deixar estar que estava muito bem.

As pessoas que dizem estas coisas não o fazem por mal. Fazem-no porque querem garantir que estamos bem e que não corremos riscos desnecessários. Eu na verdade nunca disse a muita gente o que ia fazer. Porque independentemente do que fossem dizer, eu ia fazer à mesma 🙂

É importante ouvir os argumentos das outras pessoas, porque podem vir com insights relevantes, mas há que saber filtrar. Filtrar o feedback destrutivo do construtivo. Se és muito sensível àquilo que as pessoas pensam ou dizem sobre ti, tens de arranjar formas de lidar com isso, para que não afecte o teu caminho nem os teus objectivos. Abdicar dos teus objetivos é que não 🙂

2| Consumismo

O consumismo desnecessário é algo que deves abdicar. De forma a aumentar a aproximar-me da independência financeira, abdico de gastar dinheiro. Tive de aprender a pôr dinheiro de lado como prioridade. Parar de gastar, e começar a poupar. Quanto mais dinheiro poupava, mais conseguia investir, e maior ficava o meu património.

Tive de aprender a fazer escolhas, que nem sempre foram fáceis. Aguentei-me em empregos, em que por pouco não entrava num burn-out, para conseguir evoluir na carreira e ganhar mais. Também aprendi com estas escolhas, porque felizmente não tive um burnout a sério, mas tive perto e nada é mais importante que a nossa saúde. Temos de lutar pelos nossos objetivos, sim, mas nunca abdicando da nossa saúde mental e física. 

Deixei de comprar coisas que não precisava mesmo. Por mais que quisesse um telemóvel melhor, se o meu funcionasse bem, não fazia sentido comprar um modelo mais recente. O nosso carro já está velhinho, mas ainda vai durar muitos mais anos. Tenho a sorte de não valorizar muito coisas como ter um carro da marca x. Desde que seja seguro e nos leva para onde precisarmos, está perfeito. 

Aprendi a fazer escolhas mais conscientes. Até podia gastar mais nalguma coisa, numas sapatilhas por exemplo, se soubesse que aquilo iria durar mais tempo. Ou seja, abdiquei e abdico de comprar certas coisas que não preciso mesmo.

3| Desistir

Uma das coisas que eu considero importante abdicar é desistir. Eu desisti muitas vezes. Desisti de ideias de negócio. Já criei alguns e acabava por desistir deles, porque achava que não conseguia, ou porque ninguém ia comprar… E cheguei a um ponto que desisti de desistir.

Desistir não é opção. Pessoas bem sucedidas não aceitam o não como resposta e levantam-se quando caem. Quando começo um projecto, faço uma boa pesquisa de mercado para perceber se tem potencial e depois avanço. Ao longo do caminho vou avaliando para perceber se está a ter o retorno que esperava, e se for o caso, é para continuar. Temos de aprender a ter uma visão de longo prazo. Não é fácil. Mas sem isso, é muito mais fácil desistir. 

Se um dia estiver mais desmotivada ou não vejo solução, deixo o que tenho para fazer para outro dia e vou fazer outra coisa. A mim isso ajuda muito, porque se não tiver num bom flow, a coisa não vai acontecer. E mais vale fazer algo diferente, dar uma caminhada, fazer yoga. Qualquer coisa diferente. E quando volto ao trabalho, normalmente vejo as coisas doutra perspectiva. 

4| Autoconfiança

Warren Buffett dizia que sempre soube que ia ficar rico. 

“I always knew I was going to be rich. I don’t think I ever doubted it for a minute.”

Eu já não sou assim, tenho momentos em que duvido de mim própria, das minhas decisões, do meu trabalho. Mas estou a fazer um esforço para deixar de fazer isso. 

Por vezes achamos que atingir os nossos objetivos é impossível porque não vamos ser capazes e não estamos à altura do desafio. O que fazemos é então adiar os nossos planos. O problema é que quanto mais procrastinares ou evitares fazer algo, mais doloroso aquilo se torna na tua cabeça. Cada vez que pensas naquilo que querias ter feito e não fizeste, mais culpado te sentes, mais difícil parece começar, maior parece o obstáculo. E aquilo que está na tua cabeça já não é a realidade, mas sim, algo que a nossa mente criou. Os teus pensamentos não definem quem tu és. És tu que defines que pensamentos queres ter. Se queres ver o cenário positivo ou negativo.

O ser humano tem uma capacidade de adaptação gigante. Desafia-te! Pensa no pior que te pode acontecer. Provavelmente verás que tens mais a ganhar do que a perder. Não deixes a tua mente te sabotar. Eu comecei a ver as coisas de forma diferente, quando me apercebi que o caminho para o sucesso começa no momento em que condicionas a tua mente a acreditar que é por aqui que queres ir. E em vez de deixar que a tua mente te controle e se torne o teu pior inimigo, cria pensamentos positivos que te inspirem para atingires os teus objetivos.

5| Comparar-me 

Abdicar das comparações foi algo que me ajudou bastante. O meu foco está nos meus objetivos, não nos dos outros. E por isso nem vale a pena comparar. Eu nunca fiz isto. Consegui sempre manter o meu foco nos meus próprios objetivos. Até porque, eu acho que é super difícil nos compararmos com outros. Cada situação é uma situação e dificilmente serão comparáveis. É claro que olho para os meus colegas para perceber se estão a ter sucesso e como conseguiram, numa perspectiva de inspiração. 

Isto tem tudo a ver com foco. Mais uma vez, eu escolho ter um foco positivo e não olhar para colegas como concorrentes. Se todos nós formos únicos, conseguimos acrescentar mais valor. Muito mais do que se nos compararmos constantemente e copiarmos as coisas uns dos outros. E se estiveres focado em conseguir atingir a mesma coisa que o teu colega, ou a pessoa que admires, vais estar sempre a lutar por objetivos que não são teus. Para mim, isso não faz sentido. Eu foco-me em acrescentar valor e em atingir os meus objetivos, que foram definidos por mim à minha medida.

4 comentários

  1. Gostei muito desta tua reflexão. Acho que conseguiste “tocar nos pontos” certos. Estamos sempre preocupados no que os outros pensam ou andam a fazer. O que acaba por ser muito limitativo. Gastamos energia que podia estar a ser direcionada para os nossos próprios objetivos. Apesar de não ser uma ideia nova, gostei da tua simplicidade e honestidade na abordagem ao tema. Obrigada pela partilha.

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